As raízes do sofrimento . A meditação é a única religião verdadeira.



Este pequeno , grande fragmento me despertou curiosidade, pois me confirma o que eu já pensava em relação a tal. Daí eu decidir postar no meu Blog. Namastê

"O sofrimento é um estado de inconsciência. Somos desgraçados porque não somos conscientes do Que estamos fazendo do que estamos pensando, pelo que estamos sentindo... e por isso nos contradizemos continuamente, a cada momento. A ação vai em uma direção, o pensamento em outra, o sentimento está em outra parte. Vamos fazendo pedaços, cada vez estamos mais fragmentados. Isso é o sofrimento: perdemos integração, perdemos unidade. Perdemos por completo. o centro, somos uma simples periferia. E naturalmente, uma vida que não seja harmoniosa está condenada a ser miserável, trágica, uma carga que terá que levar como se posso um sofrimento. Quão máximo a gente pode fazer é conseguir que este sofrimento seja menos doloroso. E existem mil e uma classes de estorva dores. Não só estão as drogas e o álcool: a religião também se utilizou a modo de ópio. Deixa às pessoas drogadas. E naturalmente, todas as religiões estão contra as drogas, porque elas mesmas se dedicam ao mesmo negócio; estão contra os competidores. Se a gente tomar ópio, pode que deixe de ser religiosa; pode que já não tenha necessidade de ser religiosa. Se já encontraram o ópio, por que teriam que incomodar-se com a religião? E o ópio é mais barato, exige menos compromisso. Se a gente tomar maconha, LSD e outras drogas mais sofisticadas, é natural que não seja religiosa, porque a religião é uma droga muito primitiva. Por isso todas as religiões estão contra as drogas. A razão não é que estejam verdadeiramente contra as drogas. A razão é que as drogas são competidores e, é obvio, se se pode impedir que a gente use drogas será mais fácil que caiam nas armadilhas dos sacerdotes, porque essa é a única saída que fica. É uma espécie de monopólio: no mercado só fica seu ópio e todo o resto se declara ilegal. A gente vive sumida no sofrimento. Solo existem duas maneiras de sair dele: a primeira consiste em converter-se em meditador: alerta, acordado, consciente... e isso é algo muito difícil. necessita-se coragem. A maneira mais troca consiste em encontrar algo que te possa deixar ainda mais inconsciente do que já está, para que não possa sentir o sofrimento. Encontra algo que te deixe totalmente insensível, algo que te intoxique, algum anestésico que te deixe tão inconsciente que possa escapar a essa inconsciência e esquecer todas suas ansiedades, angústias e sem sentidos. A segunda maneira não é a verdadeira. A segunda maneira só faz que seu sofrimento resulte um pouco mais confortável, um pouco mais suportável, um pouco mais cômodo. Mas não ajuda, não te transforma. A única transformação chega pela via da meditação, porque a meditação é o único método que te faz consciente. Para mim, a meditação é a única religião verdadeira. Todo o resto é um engañabobos. E existem diferentes marca de ópio: cristianismo, hinduísmo, islamismo, jainismo, budismo... mas são sozinho diferentes marca. O recipiente é distinto, mas o conteúdo é o mesmo: todas lhe ajudam de algum modo a te adaptar a seu sofrimento. O que eu me proponho é te levar mais à frente do sofrimento. Não há necessidade de adaptar-se ao sofrimento: existe a possibilidade de livrar-se por completo dele. Mas o caminho é um pouco difícil; o caminho é um desafio. Tem que te fazer consciente de seu corpo e do que faz com ele... Um dia, Buda estava pronunciando seu discurso matutino e o rei tinha ido a lhe escutar. Estava sentado em frente da Buda e não parava de mover o dedo gordo do pé. Buda deixou de falar e olhou o dedo do pé do rei. Como é natural, quando Buda olhou seu dedo, o rei deixou de movê-lo. Buda começou a falar de novo, e o rei começou outra vez a mover o dedo gordo do pé. Então Buda lhe perguntou: -por que faz isso? O rei respondeu: -Solo quando deixou de falar e me olhou o dedo me dava conta do que estava fazendo. Não era nada consciente do que fazia. -É seu dedo e não é consciente -disse Buda-. Então, poderia chegar a matar a uma pessoa sem ser consciente disso. E exatamente dessa maneira se matou a gente e o homicida não foi consciente. Muitos homicidas negaram nos tribunais ter matado a alguém. Ao princípio se pensava que simplesmente mentiam, mas recentemente se descoberto que não estavam mentindo, que o fizeram em estado de inconsciência. Naquele momento estavam tão raivosos, tão enfurecidos, que foram poseídos por sua fúria. E quando está furioso, seu corpo segrega certas toxinas e seu sangue se intoxica. Estar enfurecido é estar em um estado de loucura temporária. E a pessoa se esquecerá por completo do que fez, porque não era consciente do que fazia. E assim é como a gente se apaixona, mata a outros, se suicida, faz todas essas coisas. O primeiro passo para a consciência é lhe emprestar muita atenção a seu corpo. Pouco a pouco, alguém se vai pondo em estado de alerta ante cada gesto e cada movimento. Já medida que vai fazendo consciente, começa a ocorrer um milagre: deixa de fazer muitas coisas que antes fazia. Seu corpo se encontra mais depravado, seu corpo está mais metido, uma profunda paz começa a prevalecer inclusive em seu corpo, uma música sutil vibra em seu corpo. Depois, começa a te fazer consciente de seus pensamentos; terá que fazer o mesmo com os pensamentos. São mais sutis que o corpo e é obvio, também mais perigosos. E quando te fizer consciente de seus pensamentos, surpreenderá-te o que ocorre em seu interior. Se puser por escrito o que está ocorrendo em qualquer momento, levará-te uma grande surpresa. Não lhe vais acreditar isso «Isto é o que está ocorrendo dentro de mim?» Segue escrevendo durante só dez minutos. Fecha as portas com chave e fecha também as janelas para que ninguém possa entrar, para que possa ser completamente sincero e acende o fogo para poder atirar ao fogo o que escribas; assim ninguém saberá além de ti. E depois sei absolutamente sincero; ponha a escrever o que esta passando dentro da mente. Não o interprete, não o altere, não o edite. te limite a pô-lo no papel sem adornos, tal como é, exatamente como é. E ao cabo de 10 minutos, lê-o. Verá uma mente louca por dentro! Não somos conscientes de que essa loucura flui constantemente como uma corrente subterrânea. Afeta a tudo o que tem importância em sua vida. Afeta a algo que faça; afeta a tudo o que faz, afeta a tudo. E soma de todo isso vai ser sua vida.! assim, este louco deve trocar. E o milagre da consciência é que não precisa fazer nada, além de te fazer consciente. O fenômeno mesmo de observá-lo faz que troque. pouco a pouco, o louco vai desaparecendo. Pouco a pouco, os pensamentos começam a ajustar-se a certa pauta. Seu caos desaparece, vão convertendo em algo mais parecido a um cosmos. E uma vez mais, uma profunda paz o domina tudo. E quando seu corpo e sua mente estejam em paz, verá que estão sinfonizados um com outro, que existe uma ponte. Agora já não correm em diferentes direções, já não cavalgam em diferentes cavalos. Pela primeira vez há acordo, e esse acordo constitui uma ajuda imensa para trabalhar terceiro passo: te fazer consciente de seus sentimentos, emoções, estados humor. Esta é a capa mais sutil e mais difícil, mas se pode ser consciente dos pensamentos só tem que dar um passo mais. necessita-se uma consciência um pouco mais intensa para começar a meditar sobre seus estados de humor, suas emoções, seus sentimentos. Assim que é consciente destas três coisas, todas se unem em um único fenômeno. E quando estas três coisas sejam uma sozinha, funcionando perfeitamente ao uníssono, cantarolando juntas, quando puder sentir a música das três - converteram-se em uma orquestra-, ocorre a quarta. O que você não pode fazer ocorre por si só, é um presente da totalidade. É uma recompensa para os que têm feito estas três coisas. E a quarta coisa é a consciência definitiva que o acordada a um. Alguém se faz consciente da própria consciência, essa é a quarta coisa.- Isso te converte em um buda, um ser acordado. E só nesse despertar chega um a conhecer o que é a bemaventurança. O corpo conhece o prazer, a mente conhece a felicidade, o coração conhece a alegria, a quarta coisa conhece a bem-aventurança. A bem-aventurança é o objetivo, e a consciência é o caminho que leva a ela. "
Osho- consciência

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