O Perdão gera saude





O cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada. O cravo saiu ferido; E a rosa, despedaçada.
O cravo ficou doente, A rosa foi visitar. O cravo teve um desmaio E a rosa pôs-se a chorar. (...)
Quantas vezes em nossa infância ouvimos esta cantiga de roda, seja pela voz de nossa mãe, nossas avós, professoras ou coleguinhas de escola. E quantas vezes nós mesmos a entoamos. vamos então buscar nesta cantiga, tão familiar a nós, as lições que ela pode nos ensinar. Observamos, nestas duas quadrinhas, um exemplo do desafio que é a comunicação em nossas vidas. Se brigaram o cravo e a rosa, certamente trocaram palavras que foram mal entendidas por ambas as partes, e acabaram se magoando porque não conseguiram fazer‑ -se entender um ao outro.
Quantas vezes nos acontece de gerar problemas por causa de: – uma palavra errada dita na hora errada; – uma palavra certa dita na hora errada; – uma palavra certa dita na hora certa, mas no tom errado; – uma palavra certa dita na hora certa, no tom certo, mas para a pessoa errada...
A comunicação por meio de palavras corretas, pronunciadas de forma adequada à circunstância e à pessoa com quem dialo‑ gamos, pode gerar e alimentar um resultado feliz e uma amizade duradoura. Por outro lado, se não cuidarmos da escolha das pala‑ vras ou do tom utilizado, se não prestarmos atenção ao momento, se será propício ou não para determinada conversa, podemos até mesmo estragar relacionamentos já estabelecidos. Podemos, por isso, afirmar que a necessidade do perdão está sempre muito presente em nossas vidas. Ela pode decorrer de acon‑ tecimentos que nem imaginávamos que poderiam causar algum pro‑ blema, mas que tiveram resultados diferentes e magoaram outras pessoas, às vezes causando danos e transtornos dos mais variados  graus. Muitos desentendimentos são causados por algo que nem acon‑ teceu (mas a pessoa acha que poderia ter acontecido), foi resultado de palavras, frases, expressões que, pronunciadas de maneira preci‑ pitada ou em tom inconveniente, mesmo sem intenção de magoar, foram recebidas como ofensas pessoais ou contrariaram os valores e crenças do interlocutor a quem foram dirigidas. Por este motivo, devemos estar sempre atentos e ser cautelosos em nossas conver‑ sas, falando o necessário e sempre pensando e analisando bem o que desejamos apresentar. Os Amigos Espirituais recomendam, em nossas tarefas de Atendimento Fraterno na FEAK – Fundação Espírita Allan Kardec –,  utilizarmos metaforicamente a imagem do elefante, que possui duas orelhas grandes para ouvir tudo com atenção e uma boca pequena para falar pouco e com prudência. Assim, evitaremos desde desencontros como o do cravo e da rosa nas quadras iniciais, como também estaremos nos melhorando e nos educando na arte de falar bem e de falar com bondade, trans‑ formando nosso aparelho fonador em um canal de comunicação cada dia mais eficaz. Compartilhamos com você, que dedica parte do seu tempo a ler estas páginas, as nossas experiências nas atividades espíritas e profissionais na área do perdão e do autoperdão1, onde buscamos aprender sempre e também dividir nosso aprendizado com os com‑ panheiros do ideal. Rogamos a Jesus, o Mestre de nossas vidas, que nos abençoe a todos, fortalecendo em cada um a reconciliação consigo mesmo, com suas partes, e com aqueles com quem, porventura, tivemos ou estamos tendo momentos de desafios no campo da afetividade, do relacionamento, da convivência, estejam eles encarnados ou desen‑ carnados. Aguardamos do caro leitor as observações e os comentários, que serão sempre muito bem‑vindos, seja por e‑mail, seja em encon‑ tros pessoais. Com sinceros votos de muita paz, deixamos nosso cordial e fra‑ ternal abraço. armando Falconi Filho Juiz de Fora, primavera de 2012.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Técnica Alexander - realinhando a postura para melhorar a saúde e o humor